Comunicações de Ortopedia de 1994 a 1998

Comunicações de Ortopedia de 1994 a 1998


"Alterações osteoarticulares por efeito da carga física"                         

(INTERVENÇÃO NA MESA REDONDA "EFEITOS DA CARGA FISICA - RISCOS PROFISSIONAIS EM CUIDADOS DE SAÚDE" - 1994).
 
Nesta Conferência, promovida pela Organização do Encontro de Enfermagem "Riscos profissionais em cuidados de saúde", o autor deu realce particular aos problemas osteoarticulares por exposição laboral à carga física e aos agentes  microtraumáticos. Depois de uma breve análise do papel das osteopatias desmineralizantes na morbilidade laboral, referiu-se ainda aos novos conceitos sobre diagnóstico e terapêutica deste tipo de doenças.
 

"Quadro clínico das fracturas da bacia"                                              

De colaboração com os Drs. Armando Pires, António Figueiredo, Paulo Lourenço, Francisco Lucas e Isabel Antunes - 1O Autor - (INTERVENÇÃO NA MESA REDONDA "FRACTURAS DA PELVIS" DO XIV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1994).
 
Foram referidos pormenorizadamente os diversos sintomas e sinais de lesão fracturária dos ossos da bacia. Sendo, em regra, lesões resultantes de traumatismos importantes, impõem a obrigatoriedade de diagnóstico de lesões concomitantes de todos os sistemas orgânicos. Acompanhadas muitas vezes de perdas hemáticas significativas, estas lesões fracturárias exigem o diagnóstico preciso e atempado da causa da perda sanguínea (hemorragia profusa do osso esponjoso, hematoma retroperitonial, lesão de grande vaso, etc.). Entre as lesões associadas foi dado um realce particular às lesões neurológicas dos nervos obturador e ciático e do plexo sagrado. Foram recordados os critérios clínicos de diagnóstico de lesões gastro-intestinais e génito-urinárias concomitantes às fracturas complexas da pelvis. Foi salientada a importante mortalidade, resultante de fracturas abertas da bacia, e revistos os principais critérios de diagnóstico de exposição das referidas lesões fracturárias.

"Tratamento cirúrgico das estruturas acetabulares poste-riores"            

De colaboração com os Drs. Armando Pires, António Figueiredo, Paulo Lourenço e Francisco Lucas - 1O Autor - (INTERVENÇÃO NA MESA REDONDA "FRACTURAS DA PELVIS" do XIV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1994).
 
Os autores, depois de uma breve revisão das vias que podem ser utilizadas em cada um dos diversos tipos de fracturas das estruturas posteriores do acetábulo, realçaram a necessidade de realizar a excisão cuidadosa de todos os fragmentos ósseos e cartilagíneos e de efectuar a redução anatómica de toda a incongruência coxo-femural. No caso de grande perda de substância óssea em área de carga (fracturas por aluimento), defenderam a utilização de enxerto cortico-esponjoso. Nas fracturas isoladas da coluna posterior propuseram uma exposição franca da superfície retro-acetabular. A fixação deverá ser feita por placas de compressão, apoiando solidamente as estruturas posteriores da tuberosidade isquiática ao ilíaco. Nas fracturas da coluna posterior, associadas a traços de fractura transversais do ilíaco, a redução e a fixação da superfície retro-acetabular deverão ser feitas só após redução e fixação provisória dos traços transversais.

"Revisão de 45 casos de transporte ósseo em perdas ósseas, pseudartroses infectadas ou osteítes" 

De colaboração com os Drs. Serpa Oliva, J. Teixeira, A. Garruço e Manuel Sousa - 5O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XIV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1994).
Os autores descreveram a forma como tratam perdas ósseas, pseudartroses infectadas ou osteítes com transporte ósseo. Para terapêutica simultânea da infecção óssea, da pseudartrose e do encurtamento, procederam ao alongamento, em zona sã, com o aparecimento de um regenerado ósseo no local de osteotomia. Foi descrito o método utilizado e os resultados  obtidos.

"Valorização médico-legal da infecção óssea no âmbito da reparação do dano em Direito Civil - algumas considerações" 

De colaboração com o Dr. Serpa Oliva - 1O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XIV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1994).
 
Os autores realçaram as consequência periciais da infecção óssea pós-traumática ou pós-cirúrgica nas vítimas de acidentes de viação passíveis de reparação civil. Referiram que, nestas situações, as sequelas são, em regra, importantes, com diminuição funcional das articulações vizinhas e alterações tróficas significativas, constituindo-se um prejuízo incompatível com a retomada de uma vida normal a carecer, portanto, de valorização médico-legal apropriada. Definiram os critérios periciais da valorização das sequelas da sepsis osteoarticular. Enumeraram os parâmetros clínicos imagiológicos a equacionar na valorização dos diversos parâmetros do dano patrimonial e não patrimonial neste tipo de traumatizados. Os autures defenderam a atribuição de dano futuro devido à  infecção, em si mesma, em todos os casos de infecção óssea crónica em que, após a  consolidação, o estudo radiográfico evidenciava uma osteíte crónica remanejada que se associava a outros factores biológicos de actividade. Referiram que em tais casos são previsíveis, a médio ou longo prazo, recaídas e reactivações, tornando-se as disfunções cada vez mais pesadas comprometendo, para além da consolidação, o futuro funcional do membro infectado.
 

"Metodologia para estudo da mineralização óssea da tibiotársica (estudo preliminar)" 

De colaboração com o Dr. Luís Pereira e o Prof. Doutor Norberto Canha - 1O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XIV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMA-TOLOGIA - 1994) .
 
Os autores referiram que hoje a melhor forma de avaliar o risco de fractura a nível de um dado segmento ósseo é a determinação da densidade óssea nesse local (por cada decréscimo de um desvio padrão na densidade óssea local o risco de fractura aumenta três vezes). Nesta conformidade, utilizaram um densitómetro Hologic QDR 1500 (fonte pulsátil de Raios X comutando entre 70 e 140KVp, correspondendo a uma energia efectiva de 43Kev e 110Kev), procurando estabelecer um normograma para estudo da tibiotársica no homem. Numa tentativa de resolver, para o tornozelo, as diversas dificuldades técnicas neste tipo de estudos (software adequado, posicionamento do paciente e subsequente processamento dos dados, nomeadamente o posicionamento das zonas de interesse), os autores expuseram a rotina de exame por si desenvolvida. Apresentaram, também, os resultados obtidos  em algumas das zonas estudadas.
 

"Estudo laboratorial da osteoporose - algumas considerações"               

De colaboração com os Drs. Paulo Lourenço, Francisco Lucas, Vitor Rodrigues, Jorge Faísca - 5O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XIV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1994).
 
Os autores referiram que a remodelação óssea tem como funções adequar o esqueleto às cargas e tensões que este é obrigado a suportar e assegurar a homeostasia fosfo-cálcica. Assim, qualquer desequilíbrio no ciclo de reabsorção/formação do osso pode provocar alterações profundas na estrutura óssea e levar à doença osteoarticular. Depois de uma breve revisão dos diversos marcadores bioquímicos da remodelação óssea, os autores apresentaram a sua experiência pessoal com o uso do Osteotrend e referiram algumas das dificuldades por eles sentidas na valorização dos dados obtidos pela referida metodologia. 

"Estudo por Dexa de uma população de 60 doentes internados numa enfermaria de Traumatologia" 

De colaboração com o Drs. Francisco Lucas, Paulo Lourenço, Vitor Rodrigues, Jorge Faísca e Luís Pereira - 6O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XIV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1994).
 
Nesta intervenção os autores chamaram a atenção para o facto de, sob o ponto de vista fisiopatológico, a osteoporose traduzir  uma insuficiência da reserva orgânica do tecido ósseo, transitória ou mais frequentemente progressiva, para resistir a esforços ou traumatismos. Referiram que esta resulta, fundamentalmente, de um desequilíbrio, mais ou menos acentuado e/ou prolongado, entre a osteoformação e a reabsorção óssea, dando origem a um balanço ósseo negativo e a uma perda exagerada da massa óssea. Os autores, porque pensam que as chamadas formas idiopáticas são, actualmente, mais frequentes do que se diz, constituindo, tal como as formas involutivas (extremamente frequentes), um grave problema de saúde pública, estudaram a frequência da desmineralização óssea num grupo de doentes internados, do sexo masculino, vítimas de fracturas. Os resultados obtidos permitiram-lhes verificar a existência de uma percentagem significativa de desmineralização no grupo estudado. Discutiram, também, o possível significado dos valores encontrados.
 

"O efeito do exercício físico na densidade óssea do fémur e da coluna - estudo de 180 casos" 

De colaboração com os Drs. Vitor Rodrigues, Francisco Lucas, Paulo Lourenço, Pais Lopes, Orlando Soares e Luís Pereira - 7O Autor- (COMUNICAÇÃO AO XIV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1994).
Considerando a actividade física como factor importante na prevenção da osteoporose, os autores analisaram os efeitos da prática do exercício físico (E. F.) na densidade mineral óssea a nível da coluna lombar e do fémur, em 180 indivíduos. Os casos estudados foram repartidos em quatro grupos: sedentários (sem qualquer actividade física), com pequena actividade física, com actividade física moderada e com actividade física significativa. Os autores verificaram, pelos resultados obtidos, que os indivíduos com mais actividade física apresentavam uma maior densidade mineral óssea. Depois de discutidas as dificuldades encontradas neste tipo de estudos, concluiram as implicações dos dados obtidos no estabelecimento da prevenção da desmineralização óssea.

"Experiência do Serviço de Ortopedia do H.U.C. com a PTA RM Isoelástica" 

De colaboração com os Drs. L. Maximino, F. Lucas, A. Figueiredo, J. Faísca e J. Bacalhau  - 6O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XIV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1994).
Os autores apresentaram os resultados otidos com a utilização das próteses totais da anca isoelásticas RM, aplicadas no serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital da Universidade de Coimbra, entre 1987 e 1994, para tratamento cirúrgico da coxartrose. As próteses referidas são todas de terceira geração quanto ao desenho do componente femoral. Depois de chamarem a atenção para as diversas complicações verificadas assinalaram os resultados obtidos. Salientaram que, apesar do recuo ainda ser pequeno não permitindo tirar conclusões definitivas, os resultados a curto prazo são bastante encorajadores.
 

"Fisiopatologia da deterioração da cartilagem articular"                        

(INTERVENÇÃO  NO CURSO AVANÇADO DE TRAUMA-TOLOGIA DO DESPORTO - OLYMPICA INTERNACIONAL  - 1994).
 
O autor procedeu à revisão dos aspectos da biologia da cartilagem e do meio ambiente articular e fez a análise dos diversos factores envolvidos na degradação articular das artropatias degenerativas, particularmente da alteração dos sinais, mensagens e estímulos que condicionam e modulam a actividade do condrócito nestas situações de distrofia articular. Chamou a atenção para as alterações da síntese celular, as modificações da matriz conjuntiva articular e a resposta irritativa condro-sinovial, salientado o desconhecimento, ainda hoje existente, acerca dos mecanismos mais íntimos da regulação trófica do ambiente articular, particularmente no que se refere às funções de clarificação do interstício articular e à regulação do conteúdo proteico dos tecidos condro-sinoviais.

"Osteoporose e desporto"                                                                  

(UM DIA COM A MEDICINA E A TRAUMATOLOGIA DO DESPORTO - OLYMPICA INTERNACIONAL - 1994).
Os autores, depois de uma breve revisão dos mecanismos envolvidos na desmineralização do esqueleto dos atletas, propõem as medidas dietéticas, desportivas e medicamentosas capazes de promover uma remodelação óssea que permita adequar o esqueleto às cargas e tensões que este é obrigado a suportar na actividade desportiva e assegurar uma homeostasia fosfo-cálcica normal. Qualquer desequilíbrio no ciclo de reabsorção/formação do osso pode provocar alterações profundas na estrutura óssea e levar a alterações da mineralização óssea nos atletas.
 

"Antibiotic treatment in the infected arthroplasty"                                 

De colaboração com os Drs.  Serpa Oliva, José Teixeira e António Garruço  - 4O Autor - (COMUNICAÇÃO AO 14th MEETING OF THE EUROPEAN BONE AND JOINT INFECTION SOCIETY - COPENHAGA - 1995).
No período compreendido entre Janeiro de 1989 e Dezembro de 1993 foram tratados 87 doentes por infecção pós-artroplastia total da anca e 12 por infecção pós-artroplastia total do joelho, na Unidade de Patologia Séptica Osteoarticular do Hospital da Universidade de Coimbra. Foram avaliados retrospectivamente 60 casos da anca e 9 do joelho com um recuo médio de 23,4 meses. O tempo decorrido entre a artroplastia e o aparecimento da infecção variou entre 30 dias e 2 anos e constatou-se uma maior incidência de infecção quando estão presentes factores de risco (diabetes mellitus em 10% dos casos; revisão de prótese prévia em 18 doentes com PTA). O tratamento obedeceu ao protocolo seguido nesta unidade, consistindo na limpeza cirúrgica criteriosa em extracção dos componentes da prótese quando há sinais francos de infecção ou quando estão implicados germens multi-resistentes. A antibioterapia específica é mantida por um período mínimo de 6 semanas tendo como critério biológico a regressão dos valores da VS e da PCR. O agente causal mais frequentemente encontrado foi o Staphylococcus Aureus (40,2%), 15% dos quais meticilino-resistentes, e o Staphylococcus Epidermidis (24%). Mais de 70% dos germens eram multi-resistentes, sensíveis apenas à teicoplanina, à vancomicina ou ao cotrimoxazol (este só eficaz in vitro). 

"Squamous-cell carcinoma in patients with chronic osteítis"                

De colaboração com os Drs António Garruço, José Teixeira e Serpa Oliva - 4O Autor - (POSTER APRESENTADO AO 14th MEETING OF THE EUROPEAN BONE AND JOINT INFECTION SOCIETY - COPENHAGA -1995).
Os autores fizeram a revisão de 14 casos de carcinoma espinho-celular diagnosticados no período compreendido entre 1988 e 1993, na Unidade de Patologia Séptica Osteoarticular do Serviço de Ortopedia do Hospital da Universidade de Coimbra. A suspeita clínica, baseada no aspecto macroscópico e no odor característico, foi sempre confirmada por exame anátomo-patológico. O tempo de evolução da osteíte variou entre 3 e 52 anos (média: 27 anos). O agente infeccioso mais frequentemente isolado (97% casos) foi o Staphylococcus Aureus multi-resistente. A terapêutica instituída foi a amputação com esvaziamento ganglionar. O recuo médio foi de 3,2 anos; três doentes faleceram por metastização. Os autores concluiram que todo o doente com osteítes crónicas de longa duração devem efectuar exames anátomo-patológicos imediatos das lesões suspeitas.

"Osteoarticular tuberculosis: 11 cases considered"                             

De colaboração com os Drs António Garruço, José Teixeira e Serpa Oliva - 4O Autor - (POSTER APRESENTADO AO 14th MEETING OF THE EUROPEAN BONE AND JOINT INFECTION SOCIETY - COPENHAGA -1995).
Os autores fizeram uma revisão retrospectiva de 11 casos de tuberculose osteoarticular tratados cirurgicamente no Serviço de Ortopedia do Hospital da Universidade de Coimbra, no período compreendido entre 1988 e 1993. O diagnóstico foi efectuado através de biópsia, com exame bacteriológico e histológico. Em 7 casos a infecção localizava-se na coluna, em 3 no joelho e num havia envolvimento do ilíaco. O tratamento instituído foi a antibioterapia específica iniciada três a quatro semanas antes da cirurgia e com duração total de 9-12 meses. A abordagem cirúrgica consistiu na limpeza criteriosa e artrodese nos casos do joelho e da coluna. Foi conseguida a cura da infecção em dez doentes, continuando um em tratamento por persistência de fístula e atraso de consolidação da artrodese do joelho. Como conclusão, os autores alertaram para o recrusdecimento da doença pelo que a hipótese de tuberculose óssea deve estar sempre presente nos casos de infeções insidiosas arrastadas e de evolução crónica.
 

"Osteoporose"                                                                                 

(PARTICIPAÇÃO NA MESA REDONDA DO ENCONTRO DE ENFERMAGEM "O IDOSO - PROBLEMAS E REALIDADES" - 1995).
 
A identificação precisa dos mecanismos patogénicos que levam à perda óssea excessiva não está completamente esclarecida mas resultará, por certo, da interacção entre factores hormonais, de crescimento sistémicos e locais, com muito provável participação do sistema imunológico e influências genéticas (raça, sexo, capital ósseo), ambientais, nutricionais, etc. Nesta Conferência, promovida pela Organização dos Encontros de Enfermagem, o autor deu realce particular aos problemas osteoarticulares por desmineralização óssea. Depois de uma breve análise do papel das osteopatias desmineralizantes na morbilidade laboral, referiu-se aos novos conceitos sobre diagnóstico e terapêutica deste tipo de doenças.
 

"Mineralização óssea e exposição ao cloreto de vinilo"                        

De colaboração com os Drs. Isabel Antunes, Luís Pereira, Pedroso de Lima e T. Silva - 3O Autor - (POSTER APRESENTADO AO 1O CONGRESSO PORTUGUÊS DE OSTEOPOROSE E OUTRAS DOENÇAS METABÓLICAS - 1995).
 
O cloreto de vinilo, substância utilizada na indústria de matérias pláticas, comporta importantes riscos de toxicidade para os operários expostas. Com o objectivo de estudar as alterações de metabolismo ósseo, os autores propuseram-se quantificar a densidade óssea em trabalhadores expostos ao produto referido, através da realização de densitometria óssea do antebraço (DTX) e da coluna vertebral (DEXA). Os resultados obtidos foram discutidos.

"Mineralização óssea e exposição ao chumbo"                                   

De colaboração com os Drs Isabel Antunes, Luís Pereira, Pedroso de Lima e J. Barreiro - 3O Autor - (POSTER APRESENTADO AO 1O CONGRESSO PORTUGUÊS DE OSTEOPOROSE E OUTRAS DOENÇAS METABÓLICAS - 1995).
 
Em trabalhadores expostos ao chumbo foram detectadas alterações de mineralização óssea em 67% dos 64 trabalhadores estudados, sendo 54,7% a nível da coluna e 58% a nível do antebraço. A quantificação da densidade óssea a nível do grupo de controlo mostrou diminuição da mineralização óssea em 19% dos indivíduos, valor significativamente inferior ao que foi encontrado a nível do grupo dos trabalhadores. No grupo de controlo, a nível do antebraço, nomeadamente na porção distal, foi encontrada uma relação entre a idade e a diminuição dos valores de densidade óssea, situação que não foi encontrada no grupo estudado. Não se verificou relação entre o tempo de exposição e os valores de densidade óssea e não se observou relação entre os valores de plumbémia e os valores da densidade óssea.

"Mineralização óssea e fracturas dos membros"                               

De colaboração com os Drs. Francisco Lucas, Paulo Lourenço, Jorge Faísca e Luís Pereira - 1O Autor - (POSTER APRESENTADO AO 1O CONGRESSO PORTUGUÊS DE OSTEOPOROSE E OUTRAS DOENÇAS METABÓLICAS - 1995).
 O estudo da mineralização óssea em traumatizados vítimas de fracturas dos membros permitiu verificar a existência de uma desmineralização significativa em muitos dos doentes estudados. A referida desmineralização foi mais significativa na coluna lombar, particularmente no grupo etário dos 20 aos 40 anos. Os resultados obtidos levaram os autores a defender o estudo sistemático (densitométrico e laboratorial) de todos os doentes portadores de fracturas de membros causadas por traumatismos leves ou moderados. Perante o conhecimento da desmineralização impõe-se uma intervenção terapêutica adequada ao tipo de fractura, à idade do doente e ao grau de desmineralização encontrado.
 

"Fractura dos ramos ílio e ísquio-púbicos nos traumatismos da bacia" 

De colaboração com os Drs. António de Figueiredo, Paulo Lourenço, Francisco Lucas, Armando Pires e Jorge Faísca - 6O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1995).
Foram estudados 129 processos clínicos de doentes vítimas de traumatismos da bacia, ocorridos entre 1988 e 1993, dos quais resultou fractura dos ramos íleo-púbicos ou ísquio-púbicos isolada ou associada a outras lesões. Dos 129 doentes revistos 66 compareceram a uma consulta de revisão, organizada para o efeito, onde se procedeu a uma investigação pormenorizada das condições etiológicas e do mecanismo da lesão. As diversas complicações foram cuidadosamente despistadas e realizou-se uma avaliação clínica das sequelas.  Procedeu-se à apreciação das sequelas radiográficas. Os autores discutiram os dados obtidos e concluiram que este tipo de fractura, quando isolada, consolida rapidamente e dispensa tratamento cirúrgico. Com consolidação perfeita ou viciosa não dá margem a défice funcional apreciável. Quando associada a outras lesões da bacia (segmentos posteriores ou acetábulo) ou complicações génito-urinárias pode deixar sequelas funcionais exigindo, em tais casos, um tratamento adequado.
         

"Diastase da sínfise púbica"                                                                

De colaboração com o Drs. Francisco Lucas, Paulo Lourenço, António de Figueiredo, Armando Pires e Jorge Faísca - 6O Autor- (COMUNICAÇÃO AO XV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1995).
Os autores estudaram 36 processos clínicos de doentes vítimas de traumatismos da bacia, ocorridos entre 1988 e 1993, dos quais resultou diastase da sínfise púbica. Na série revista verificou-se uma predominância de indivíduos do sexo masculino. Na maioria dos casos (80%) as lesões resultaram de acidente de viação. As circunstâncias etiológicas explicam a existência, em 66% dos casos, de outras lesões viscerais ou ósseas. Dos 36 doentes revistos 22 compareceram a uma consulta de revisão, organizada para o efeito, onde se procedeu a uma investigação pormenorizada das condições etiológicas e do mecanismo da lesão. As diversas complicações foram cuidadosamente despistadas e realizou-se uma avaliação clínica das sequelas. Procedeu-se à avaliação radiográfica da diastase. Os autores discutiram os dados obtidos e concluiram ser obrigatório um acompanhamento correcto e o tratamento deste tipo de lesões.
 

"Instabilidade e artrose sacro-ilíaca"                                                  

De colaboração com o Drs. António de Figueiredo, Jorge Faísca,  Armando Pires, Paulo Lourenço e Francisco Lucas - 6O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1995).
Os autores procederam à revisão de 23 processos clínicos de doentes vítimas de traumatismos da bacia, ocorridos entre 1988 e 1993, dos quais resultou lesão do segmento posterior da bacia com luxação ou fractura articular da sacro-ilíaca. Na série estudada verificou-se uma predominância de indivíduos do sexo masculino. Na maioria dos casos as lesões resultaram de acidente de viação. Raramente isoladas as lesões da sacro-ilíaca acompanharam-se, em regra, de lesões do segmento anterior da bacia. Cerca de metade dos doentes revistos compareceram a uma consulta de revisão, organizada para o efeito, onde se procedeu a uma investigação pormenorizada das condições etiológicas e do mecanismo da lesão. As diversas complicações foram cuidadosamente despistadas e realizou-se  uma avaliação clínica das sequelas. Procedeu-se à avaliação radiográfica da instabilidade sacro-ilíaca e à despistagem de evidências radiográficas de artrose da referida articulação. Os autores discutiram os dados obtidos e concluiram que as lesões do segmento posterior da bacia são lesões graves quando associadas a lesões anteriores podendo originar, em tais situações, instabilidade ou artrose sacro-ilíaca.

"Evolução clínica das lesões complexas do acetábulo"                            

De colaboração com o Drs. Paulo Lourenço, Francisco Lucas, António de Figueiredo, Armando Pires e Jorge Faísca - 6O Autor- (COMUNICAÇÃO AO XV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1995). 
Os autores procederam a um estudo anátomo-funcional de 66 doentes vítimas de fracturas graves da bacia. A série era formada por 50 doentes do sexo masculino (idade média 38,2 anos) e 16 do sexo feminino (idade média 43,2 anos) que apresentavam lesões fracturárias complexas (seleccionadas pela sua cominuição ou desvio grave entre 225 fracturas acetabulares ocorridas de 1988 a 1993). Os pacientes estudados foram repartidos em três grupos etários: com menos de 45 anos, de 45 a 65 anos e mais de 65 anos O recuo médio foi de 4,1 anos. A avaliação clínica dos resultados foi realizada em todos os casos de acordo com a dor, a mobilidade e a estabilidade da anca e os desempenhos desportivo, profissional e sexual. Na avaliação radiográfica foram determinadas as incongruências articulares residuais e analisadas outras complicações evolutivas: osteonecroses, ossificações periarticulares e grau de artrose pós-traumática. Os autores discutiram os resultados obtidos no tratamento cruento e incruento destas lesões graves, de acordo com o tipo de fractura acetabular, e analisaram, estatisticamente, diversas variáveis (grupo etário, lesões associadas, desvio residual, vicissitudes de evolução, etc.). Elaboraram as suas conclusões baseados nos dados obtidos, concluindo que as fracturas complexas do acetábulo são lesões graves deixando sequelas anátomo-funcionais apreciáveis e exigindo um tratamento adequado.

"A dor como sequela das fracturas pélvicas"                                   

De colaboração com os Drs. Jorge Faísca, Armando Pires, António de Figueiredo,  Paulo Lourenço, Francisco Lucas - 1O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1995).
 
Foram estudados os processos clínicos de doentes vítimas de lesões fracturárias da pelvis ocorridas entre 1988 e 1993. Dos 461 doentes revistos cerca de metade compareceu a uma consulta de revisão, organizada para o efeito, onde se procedeu a uma investigação pormenorizada das condições etiológicas e do mecanismo da lesão. As diversas complicações foram cuidadosamente despistadas e realizou-se uma avaliação clínica das queixas dolorosas residuais (dor em pé, dor ao sentar, dor durante a marcha, incomodidade durante o acto sexual, etc.). As referidas queixas foram correlacionadas com o tipo de lesão pélvica, eventuais complicações e método de tratamento. Os autores discutiram os dados obtidos e concluiram da necessidade de um balanço completo na avaliação da disfunção residual resultante deste tipo de lesões.
 

"Critérios de Singh versus densitometria na indicação da cimentação da prótese total da anca" 

De colaboração com os Drs. Paulo Lourenço, Francisco Lucas, Jorge Faísca e Luís Pereira - 5O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1995).
Com o intuito de facilitar a decisão de cimentar ou não cimentar as artroplastias totais da anca, os autores estudaram 40 pacientes portadores de coxartrose a aguardar internamento para colocação de prótese da anca. Baseados nos critérios definidos por Spotorno (sexo, idade, índices de Singh e índice morfo-cortical), os autores calcularam a pontuação para cada fémur e estabeleceram uma divisão em três grupos conforme a indicação operatória: Grupo1, de 0 a 4 pontos,  não cimentar; Grupo ll, 5 pontos,  discutível; Grupo lll, mais de 6 pontos,  aplicação de cimento obrigatória. Uti!izando um Hologic 1000 (DEXA) realizaram o estudo densitométrico dos fémures estudados. Após processamento dos dados foram calculados os valores do conteúdo ósseo (grs) e da densidade mineral óssea (gr/cm2) nas diversas áreas de interesse utilizadas neste tipo de estudos. Discutidos os dados obtidos concluiram da pouca utilidade do índice de Singh na decisão pré-operatória e definiram os valores de conteúdo mineral ósseo que deverão implicar a cimentação dos componentes protésicos.

"Utilização da PTA RM isoelástica nas revisões das próteses totais da anca cimentadas" 

De colaboração com os Drs. Luís Maximino, Francisco Lucas, António Figueiredo, Jorge Faísca  e José Bacalhau - 6O Autor - (COMUNICAÇÃO AO XV CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1995).
Os autores apresentaram os resultados de 20 próteses totais da anca isoelásticas RM (Robert Mathys Co Bettlach, Switzerland) utilizadas em revisões de próteses totais da anca cimentadas. As próteses referidas eram todas de terceira geração quanto ao desenho do componente femoral. Em relação aos acetábulos utilizados, 10 foram de polietileno simples e os restantes com revestimento de hidroxiapatite ou titânio. Depois de chamarem a atenção para a técnica de aplicação deste tipo de material na situação referida, os autores apresentaram os resu1tados obtidos. Sa1ientaram a melhoria significativa da funcionalidade da anca reposta após a intervenção bem como a atenuação das dores. Deram realce particular à obtenção de uma boa fixação primária do componente acetabular, obtida graças ao desenho da cúpula e ao método de fixação da mesma (aparafusamento). Por outro lado, a ausência de cimento evitou o aumento de osteólise permitindo a aplicação deste tipo de material mesmo em ancas com grande desmineralizção. As hastes femorais bastante volumosas propiciam o pleno prenchimento do vazio deixado pela prótese descolada e dificilmente anulada só pela utilização de enxerto. Além disso, o comprimento significativo do componente femoral permitiu ultrapassar, de longe, o limite inferior da prótese cimentada que urge substituir. A constituição da referida haste possibilitou o aparafusamento no caso de fracturas iatrogénicas.

"Correcção do pé plano com a osteotomia de Evans" 

De colaboração com os Drs. Paulo Lourenço, Francisco Lucas, Luís Maximino, Jorge Faísca - 6O Autor - (COMUNICAÇÃO AO X CONGRESSO NACIONAL DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - 1995).
Foram estudados 26 processos clínicos de pacientes operados com osteotomia de Evans, para correcção de pé plano, entre 1973 e 1987. Todos os doentes incluídos na série eram adolescentes ou adultos jovens, com idades compreendidas entre os 11 e os 23 anos, que apresentavam um pé plano contracturado, ainda sem qualquer alteração óssea ou com alterações degenerativas incipientes das articulações társicas ou tarso-metatársicas. Os resultados funcionais foram apresentados e comparados com os dados imagiológicos pós- operatórios. Os autores discutiram os resultados obtidos e concluiram que a osteotomia de Evans é um bom método para o tratamento do pé plano contracturado ainda sem qualquer alteração óssea ou com alterações degenerativas incipientes das  articulações do tarso.

"Experiência do Hospital da Universidade de Coimbra" 

De colaboração com os Drs. Paulo Lourenço, Francisco Lucas, António de Figueiredo, Armando Pires e Jorge Faísca - 1O Autor - (PARTICIPAÇÃO na Mesa Redonda “RESULTADOS TARDIOS DAS FRACTURAS DO ACETÁBULO” DAS III JORNADAS MONOGRÁFICAS DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO HOSPITAL GARCIA DA ORTA - 1996).
Foram estudados doentes, tratados no H.U.C. entre 1988 e 1993, com lesões  fracturárias complexas do acetábulo. Na maioria dos casos as lesões resultaram de acidente de viação. Os acidentes de trabalho representaram uma etiologia menos frequentemente encontrada registando-se, nestas situações, uma predominância masculina. Depois de apresentarem o seu critério de classificação, os autores descreveram os resultados obtidos no tratamento das lesões e referiram as principais sequelas verificadas após tratamento conservador e cirúrgico das fracturas complexas do acetábulo.

"Densitometria e fracturas - desmineralização óssea do adulto jovem e fractura dos membros"

De colaboração com o Drs. Francisco Lucas, Paulo Lourenço e Luís Pereira - 40 Autor - (POSTER APRESENTADO À REUNIÃO "AVANÇOS NO RASTREIO E NO TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE" - 1996).
Os autores estudaram a mineralização  óssea (DEXA) de uma população de 60 doentes do sexo masculino, internados numa enfermaria de Traumatologia, que apresentavam fracturas dos membros superiores e/ou inferiores. Os resultados obtidos permitiram verificar que muitos dos doentes, vítimas de lesões fracturárias dos membros, apresentavam uma desminerali-zação significativa. A desmineralização encontrada na série estudada foi mais significativa na coluna lombar, particularmente no grupo etário dos 20 aos 40 anos. Os autores discutiram o possível significado dos valores encontrados, defendendo o estudo sistemático (densitométrico e laboratorial) de todos os doentes portadores de fracturas de membros causadas por traumatismos leves ou moderados.

"Centros de osteoporose" 

 (INTERVENÇÃO NA REUNIÃO "AVANÇOS NO RASTREIO E NO TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE" -1996)
Os autores defenderam a criação dos chamados "Centros de osteoporose" especializados no rastreio e no tratamento da osteoporose e de outras osteopatias desmineralizantes, com consulta especializada e internamento. Merecendo as fracturas osteoporóticas atenção especial, propuseram o desenvol-vimento, no âmbito dos referidos Centros ou Clínicas de osteoporose, de Unidades de tratamento de fracturas osteoporóticas  que se dediquem ao tratamento ortopédico das fracturas por desmineralização, com gessos articulados ou ortóteses funcionais, e tratamento cirúrgico, com osteossínteses dinâmicas adequadas ao grau de desmineralização das vítimas destas lesões fracturárias, ocorridas em esqueleto com osteopenia. 

 "Exposição laboral a produtos tóxicos e mineralização óssea"

De colaboração com os Drs. Isabel Antunes, Luís Pereira, T. Silva, J. Barreira, J. P. Lima - 6O Autor - (POSTER APRESEN-TADO AO 6O CONGRESSO NACIONAL DE MEDICINA NUCLEAR - 1996).
 
A exposição a produtos químicos (elementos da prática industrial ou existentes no meio ambiente de laboração) causa, entre outras alterações, modificações de mineralização.  São diversos os grupos profissionais que lidam, de forma estreita e constante, com este tipo de substância e que a ela estão expostos de forma mais ou menos acentuada. Embora as medidas preventivas expliquem o desaparecimento de quadros de intoxicação evidentes, persistem exposições prolongadas capazes de provocar alterações metabólicas das quais se podem destacar modificações de mineralização óssea.  Os autores reviram quais os produtos capazes de causar densificação óssea e os susceptíveis de provocar desmineralização. Salientaram o papel da densitometria no estudo destes trabalhadores e apresentaram os dados por eles obtidos em trabalhadores expostos ao chumbo e ao cloreto de vinilo. Discutiram o possível significado dos valores encontrados.

"Estudo densitométrico do tornozelo - interesse na prática clínica e metodologia"

De colaboração com os Drs. Luís Pereira, Francisco Lucas, Paulo Lourenço e Jorge Faísca - 1O Autor - (POSTER APRESENTADO AO 6o CONGRESSO NACIONAL DE MEDICINA NUCLEAR - 1996).
Os autores, com base na experiência da consulta de Osteopatias Desmineralizantes do Serviço de Ortopedia do H.U.C. (frequentado, na sua maioria, por doentes que por vezes associam coxartoses ou espondilartroses a osteopenias desmineralizantes generalizadas), assinalaram o interesse das localizações periféricas para rastreio e controlo de terapêutica das referidas osteopenias. Os resultados densitométricos obtidos nestes doentes permitiram verificar que muitos deles apresentavam valores femorais e da coluna enganadores (pseudo-normais) devidos mais à esclerose subcondral e ao remanejamento osteofítico do processo artrósico local do que a uma mineralização aceitável. Nesta conformidade, os autores, utilizando um densitómetro Hologic QDR 1500, procuraram estabelecer um normograma para estudo da tibiotársica no homem. Tentando resolver, para o tornozelo, as diversas dificuldades técnicas neste tipo de estudos (software adequado, posicionamento do paciente e subsequente processamento dos dados, nomeadamente o posicionamento das zonas de interesse), os autores expuseram a rotina de exame por si desenvolvido. Apresentaram os resultados obtidos em 69 indivíduos do sexo masculino,  em algumas zonas estudadas, e as curvas de normalidade definidas para as referidas áreas de interesse.
 

"Estudo densitométrico de uma população 60 doentes, com fracturas exclusivamente traumáticas, internados numa enfermaria de Traumatologia"

De colaboração com o Drs. Francisco Lucas, Paulo Lourenço, Vitor Rodrigues, Jorge Faísca e Luís Pereira - 6O Autor - (POSTER APRESENTADO AO 6O CONGRESSO NACIONAL DE MEDICINA NUCLEAR - 1996).
 
Os autores estudaram a mineralização  óssea (DEXA) de uma população de 60 doentes do sexo masculino, internados numa enfermaria de Traumatologia, que apresentavam fracturas dos membros superiores e/ou inferiores. Os resultados da densitometria da coluna lombar obtidos revelaram valores normais em 32(53,3%) doentes, osteoporose ligeira em 6(10%), osteoporose moderada em 14(23,3%), osteoporose marcada em 5(8,3%) e osteoporose severa em 3(5%). Dos 14 doentes com osteoporose moderada, 6(42,8%) tinham idades compreendidas entre 20 e 40 anos. Os valores obtidos na densitometria do fémur revelaram  valores normais em 45(75%) doentes, osteoporose ligeira em 6(10%), osteoporose moderada em 7(11,7%), osteoporose marcada em 2(3,3%) e ausência de traumatizados com osteoporose severa. Os autores discutiram o possível significado dos valores encontrados defendendo o estudo sistemático (densitométrico e laboratorial) de todos os doentes portadores de fracturas de membros causadas por traumatismos leves ou  moderados.

"Interesse da densitometria óssea bifotónica na decisão ortopédica - dexa versus índice de Singh"

De colaboração com os Drs. Paulo Lourenço, Francisco Lucas, Jorge Faísca e Luís Pereira - 5O Autor - (POSTER APRESENTADO AO 6O CONGRESSO NACIONAL DE MEDICINA NUCLEAR - 1996).
Os autores referiram alguns métodos de decisão pré-operatória na cimentação ou não cimentação de PTAs, em doentes portadores de coxartroses primitivas, e ensaiaram a substituição do índice de Singh por valores densitométricos do fémur. Com base no estudo efectuado propuseram a substituição da análise morfológica (I. Singh) pela metodologia, muito mais precisa e rigorosa, obtida com a determinação da massa óssea na região intertrocantérica (Dexa). Com base no estudo efectuado concluiram que valores inferiores ou iguais a 1,04g/cm2 ou superiores ou iguais a 1,2g/cm2 são valores de referência como critérios de cimentação ou não cimentação dos implantes, respectivamente.

"Contribuição para o estudo do efeito do exercício físico na mineralização óssea - estudo de 200 casos" 

De colaboração com o Drs. Vitor Rodrigues, Francisco Lucas, Paulo Lourenço, Pais Lopes, Orlando Soares e Luís Pereira - 7O Autor - (COMUNICAÇÃO AO 6O CONGRESSO NACIONAL DE MEDICINA NUCLEAR - 1996).
O papel do exercício físico na prevenção e no tratamento da osteoporose é pouco claro. Vários estudos referem a associação entre o exercício físico e o aumento de massa óssea. Os autores pretenderam contribuir para o esclarecimento da relação entre a prática do exercício físico e a densidade mineral óssea analisando os resultados dos estudos densitométricos do fémur e da coluna efectuados numa população sem patologia ou factores de risco conhecidos para a osteoporose. Os 200 indivíduos estudados (73H e 127M) foram repartidos em cinco grupos: sedentários, com antecedentes desportivos, com exercício físico irregular, com exercício físico uma ou duas vezes por semana, com exercício físico diário. Os dados obtidos sugeriram que os indivíduos com prática de actividade física mais regular apresentavam uma maior densidade mineral óssea.

"Sindromas dolorosos articulares e distrofias" 

(CONFERÊNCIA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO I CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA LEGAL SOCIAL E DO TRABALHO - 1996).
O autor procedeu à revisão das diversas alterações do aparelho locomotor e à sua valorização para efeitos de valorização em Medicina Legal Social e do Trabalho. Apresentou os critérios periciais para a avaliação da deficiência nos diversos segmentos atingidos. Para cada segmento de membro discutiu os sindromas dolorosos crónicos mais habituais e procedeu à revisão das diversas distrofias, apresentando os critérios de valorização na atribuição de incapacidades correspondentes. 

"Valorização da disfunção e da deformidade osteoarticulares" 

(CONFERÊNCIA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO I CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA LEGAL SOCIAL E DO TRABALHO - 1996).
O autor procedeu à revisão das diversas disfunções e deformidades do aparelho locomotor e à sua valorização para efeitos de valorização em Medicina Legal Social e do Trabalho. Apresentou os critérios periciais para a avaliação deste tipo de deficiência nos diversos segmentos atingidos. Para cada segmento de membro discutiu as disfunções articulares mais habituais e procedeu à revisão das diversas deformidades osteoarticulares, apresentando os critérios de valorização na atribuição de incapacidades correspondentes. 

"Artroses, artrites e osteítes" 

(CONFERÊNCIA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO I CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA LEGAL SOCIAL E DO TRABALHO - 1996).
Depois de uma breve revisão da etiologia, da patogenia, do tratamento e do prognóstico das artroses, artrites e osteítes, o autor apresentou os critérios de valorização destes tipos de doença articular, em Medicina Legal Social e do Trabalho. Descreveu os diversos sinais e sintomas a que o perito terá de atender para a avaliação da deficiênciaa nos diversos segmentos atingidos. Deu realce particular à compatibilidade entre artrites, artroses e osteítes e a profissão.
 

"Doença osteo-mio-articular em Patologia do Trabalho"

(CONFERÊNCIA SOBRE PATOLOGIA OSTEOARTICULAR NO CURSO DE MEDICINA DO TRABALHO 96/97- MÓDULO DE CLÍNICA CIRÚRGICA DO TRABALHO - 1997).
O autor procedeu-se à revisão da patologia do aparelho locomotor relacionada com o exercício de uma profissão. Deu realce particular às patologias  infecciosas/parasitárias, tóxicas e físicas (estas últimas ocasionadas por vibrações ou baro e microtraumatismo). Realçou a sua variação de segmento para segmento de membro e de articulação para articulação e a possibilidade da sua prevenção através da educação gestual.
 

"Remoção dos implantes"

(INTERVENÇÃO NO CURSO BÁSICO AO - LEIRIA - 1997).
Depois de rever os conceitos de consolidação clínica e radiográfica com e sem material de osteossíntese e as principais vicissitudes de consolidação (atraso de consolidação e pseudartrose), o autor indicou os tempos médios de espera para remoção dos principais tipos de implantes. Deu ênfase particular aos cuidados pós-extracção de material de síntese, particularmente ao tempo de paragem de actividade. Realçou as implicações periciais das remoções dos implantes.
 

"Doença osteo-mio-articular em Patologia do Trabalho"

(CONFERÊNCIA SOBRE PATOLOGIA OSTEOARTICULAR NO CURSO DE MEDICINA DO TRABALHO 97/98- MÓDULO DE CLÍNICA CIRÚRGICA DO TRABALHO - 9/2/1998).
O autor procedeu à revisão da patologia do aparelho locomotor relacionada com o exercício de uma profissão. Deu realce particular às patologias  infecciosas/parasitárias, tóxicas e físicas (estas últimas ocasionadas por vibrações ou baro e microtraumatismo). Realçou a sua variação de segmento para segmento de membro e de articulação para articulação e a possibilidade da sua prevenção através da educação gestual.